A fantástica estrela verde.
A minha mãe se deitou à tarde, no sofá da sala, junto a uma grande
janela, onde se via o céu azul. Antes do por do sol.
Ela, com seus pensamentos, durante esses dias, estava vivendo momentos
de grande aflição em relação a acontecimentos desagradáveis que ocorreram.
Minha mãe já tem uma idade avançada.
Nesse momento, sem saber direito se estava acordada ou dormindo, se
estava sonhando ou estava lúcida, viu nesse céu da janela uma estrela verde.
Extasiada com a visão, com assombro, percebeu que a estrela verde
vinha em sua direção e a tal estrela
mesma foi chegando...chegando...chegando para perto dela até encostar no seu
colo.
Foi tal a sensação maravilhosa e o deslumbramento que esse “astro” que
veio do céu causou, que emocionou-a e afinal quando tudo se dissolveu, o verde
ficou nela.
A aflição cessou! Começou a ver a dificuldade com enorme força e
sensibilidade e voltou-lhe a esperança. Lógico que sonhou ali em segundos.
Estava envolvida pela adversidade e rompendo essas muralhas escapou
para uma visão superior muito mais animadora. Dizem que o verde é a esperança.
Eu, como filho ouvindo esse relato, fiquei muito feliz. Afinal é minha
mãe,
Minha mãe, quando eu era jovem com 20 anos, fez de tudo, mas de tudo
mesmo, para que eu procurasse horizontes mais amplos do que uma simples vida
limitada por poucos anos anos de vida física, comparada com os bilhões de anos
da Criação enfim, com o infinito do Universo.
Seu pensamento que era guiado por coisas muitos grandes que ela
descobriu e eu desconhecia, encarnou em mim.
É lógico que fica a pergunta: Onde ela descobriu? Que ciência e que
autor lhe inspirou? Que ensinamentos lhe deram tanta energia para insistir
tanto em transmitir para os filhos?
Não irei revelar porque não sou pregador e não quero influenciar
ninguém.
Irei concluir com o seguinte:
O sonhos e esses “entresonhos” onde não se sabe, na hora de dormir, se
estamos acordados ou dormindo vem dos primórdios da humanidade.
Nas minhas pesquisas sobre a história da humanidade, os seres que viviam
em cavernas pensavam que nós éramos dois seres: enquanto um dormia, o “outro”
saia do corpo e viajava na imensidão e voltava, ao acordar, para contar o que
tinha visto na “viagem” para o que ficou dormindo.
Com o avanço que a partir do século XX, ocorreu no conhecimento de si
mesmo, tenho a grande convicção que os cientistas e pesquisadores terão que
rever, mais cedo ou mais tarde, tudo o que foi dito na nossa cultura, nos
últimos 3.000 anos sobre os sonhos e outros inúmeros conceitos.
Está “na cara” que além do
físico, somos uma imensa potência espiritual também, a tal ponto que, quando
ativada no dia a dia, nos transforma em seres fortes, animados, valentes e
felizes para viver e superar problemas. Como minha mãe.
Quantos me relataram que encontraram soluções para suas dúvidas nos
sonhos!
Quantos, em sonho, descobriram até uma chave do automóvel que tinham
perdido!
E outros, como Giordano Bruno, em sonhos, viajaram no Universo e
descobriram que a Terra não era o centro do Universo?
E meu amigo que resolveu sonhando um problema de matemática que,
quando estudávamos durante o dia, não tinha solução? Acordou e falou: Achei!
E os que me contam que, sonhando estiveram presentes em um mundo
maravilhoso, imaterial onde sentiram que reina o amor de Deus?
Enfim, vendo no seriado e vídeo da série "Cosmos" uma afirmação sobre as
descobertas na Criação:
“Questione, questione tudo...e terá como resultado o mistério do
Universo aos seus pés”.
Esse simples conto é uma homenagem de eterna gratidão à minha mãe.
Paulo R P Menezes.
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