“A culpa é do outro”! Muito cuidado...
Existe um pensamento pior que a bomba atômica em termos de
destruição da convivência humana: “A culpa é do outro! ”
Destrói milhões de relacionamentos, amizades, casamentos,
desde o ocidente até o oriente.
Vou trazer algumas reflexões para quem está lendo:
Um dos astronautas, famoso, na saga das viagens à Lua,
exclamou desde lá: “ A Terra é azul! maravilhando o mundo.
Um filósofo, vendo a Terra, do ponto de vista do ambiente
imaterial e psicológico que a envolvia descreveu o seguinte:
“O planeta Terra é o mundo onde imperam os pensamentos”. Os
pensamentos, muitos deles negativos imperam no orbe.
Frente a força dos pensamentos que comandam os
desentendimentos e as guerras, o ser humano é um mero marionete ou um androide.
O pensamento; “A culpa é do outro” é um mal similar a peste
negra que grassou na Idade Média, no Leste e no Oeste, dizimando as populações.
Famílias, casamentos, amizades sucumbiram frente a esse
pensamento.
Posso assegurar que o “mesmo” destruiu dezenas de milhões de
relacionamentos ao longo de 2000 anos de nossa “Cultura Ocidental e Oriental”.
Terá que se levantar uma força enorme do bem, contra esse
pensamento:
A paciência e a tolerância com os defeitos alheios e, ao
mesmo tempo, cuidar cada um dos seus próprios defeitos é a concepção que cada
ser humano terá que adotar para não sucumbir a tamanha destruição social que
esse pensamento monstruoso ocasiona.
Não pense que esse problema se resolve facilmente. Há que
se realizar um processo individual de compreensão, porque irá demorar a
anulação de um pensamento tão nefasto como esse. Todos juram de pés juntos que
não tem culpa nenhuma e o culpado são os demais, repito.
A verdade é que cada um deve cuidar dos seus defeitos e
tirar o foco do defeito alheio.
Não estou falando das aberrações onde realmente deve-se
tomar providências, em ambientes em que reina a ignorância e a violência, mas a
porcentagem é muito ínfima.
Na imensa maioria dos vínculos existe a solução, salvando o
que é sagrado: os sentimentos, o afeto, a amabilidade, a serenidade, a bondade,
a ternura, etc., que devem reinar nas convivências mútuas.
Não é uma teoria que estou aconselhando para os que me leem.
Eu, particularmente luto contra esse pensamento dominante ao
longo de décadas.
Como muitos sempre me achei uma pessoa muito boa, sensata e,
que os demais é que eram os culpados. Eu merecia ir para o céu.
Confesso que, após muitas dificuldades de enxergar o meu
interno, não sou bom.
Foi muito importante ver essa realidade. Foi um início para
salvar muitos relacionamentos ao longo dos anos.
Foi difícil conviver com pessoas que achavam que eu era o
culpado e me calar e não acusá-los e, ao mesmo tempo pensar: vou ter tolerância
e paciência e cuidar da minha vida, dos meus defeitos e procurar ser melhor.
Aprender a ouvir, falar e principalmente a calar! Mesmo
frente a injustiças!
Calar! Ficar sereno
porque no final a verdade aparece.
Eu pergunto: porque ficar tão magoado, tão irritado com
coisas tão bobas que argumentam.
Deu um excelente resultado.
Eu era o culpado por não ter paciência e compreensão com os defeitos dos
demais.
Se você se desarma, pode esperar: em pouco tempo o oponente (quem você tem um grande afeto), se desarma também: Ele percebe!
Salvei relacionamentos, mas não se iludam. Estou apreendendo.
Sofro muito a pressão desse pensamento destrutivo e irracional: “ A culpa é do
outro!
Como vale salvar um casamento! Uma amizade! Quantos males serão evitados no futuro! Quanto alívio proporciona à vida! A questão é seria.
Paulo R P Menezes
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