Total de visualizações de página

domingo, 6 de outubro de 2013

Afinal...Quem sou eu?

   Demorei para perceber que um dos grandes enigmas era eu mesmo.
   Olhava para dentro de mim e sentia que estava vivo. Pronto, estava respondido. Algumas virtudes e defeitos... Não é bem assim.
   Há alguns anos vinha estudando que esse “eu” poderia ter muito mais anos do que um período de vida física. Achei lógico porque quando era pequeno eu sabia certas coisas de Meteorologia sem ninguém ter me ensinado, ciência que viria depois a estudar como “hobbye”. Então pensei, falando sozinho comigo mesmo: “É...aprendi isso “antes” de nascer...devo ser mais velho.
   Depois tomei contato com uma concepção que eu seria uma dualidade física e espiritual com o meu psicológico no meio das duas.
   Começou a complicar esse quem sou eu, mas logo veio a minha mente que quando o físico estava dormindo um gênio se aproveitava e produzia sonhos geniais e inéditos como acontece com todo o mundo. Que nem o filme “O feitiço de Áquila”. Esse gênio poderia com toda certeza fazer parte do meu eu! Falo que era um gênio porque pelo enredo dos sonhos sentia que ele sabia manejar bem a minha mente.
   Estava tudo tão”simples”. Agora vai-se ampliando de forma interessante porque esse que produz os sonhos deve ter demorado séculos aprendendo a fazer isso. Conclusão esse eu também, que integra a minha constituição como indivíduo, é muito mais velho!
   Outros fatos surgiram. Comecei a me interessar pela “Evolução Consciente”(1). Na sequência começou a emergir de dentro de mim uma vontade de ser melhor, de querer aprender sobre os mistérios da Criação, procurar superar meus defeitos, desânimos e tristezas e também sentir que, se aprendi alguma coisa deveria ajudar aos demais.
   Dando continuação à pesquisa sobre a Evolução na fase consciente , senti-me mais lúcido, feliz e começei a desconfiar que dentro de mim havia algo grande. Como sabia que a minha vida anterior era meio sem graça, apesar das muitas diversões e que agora vivia mais alegre, pensei: - “Estou vivendo  e sentindo com a outra parte que existe em mim”. Era eu mesmo também, mas muito melhor. Era pena que esses momentos bons eram esporádicos, porém aprendi um ponto importante e um dia escrevi:

- “Vai se delineando que “Quem sou eu” é muito surpreendente; A vida física é o presente momento de um tempo e uma vida que vem de muito longe no passado e seguirá muito depois mesmo na imensidão do futuro”.

   Vou abrir um parêntese. Eu tenho uma Tia que vive me dizendo e insistindo em função dos estudos que fez, que as deficiências humanas, de acordo com o que ela percebeu no livro “Deficiências e Propensões do Ser Humano” (1), são um atraso  de vida. Cita que chegou a hora de mostrarmos virtudes e não fingi-las que as temos, pois a humanidade vem se comportando assim há séculos e não deu certo. Criando-as em nós mesmos, o Universo permitiria que despertássemos nas “esferas superiores”, segundo ela entendeu.
   Então me veio uma “luz”, um entendimento, uma compreensão:
   Quando me interessei pela minha evolução e comecei a melhorar combatendo meus defeitos, atraiu a minha parte mais inteligente, emergiu de dentro também a minha constituição que contém os melhores sentimentos. Surgiu esse “eu” que me fez ver a vida como uma oportunidade maravilhosa e que ao mesmo tempo me faz sentir um grande alento, um ânimo que me leva a superar meus problemas psicológicos e existenciais, ser mais grato e amável com os demais e compreender aos poucos a grandiosidade da Criação, de Deus e seu Amor. O vazio e a solidão vão desaparecendo gradativamente.
   Descobri que posso viver e sentir a vida com apenas o frágil físico e psicológico de uma forma limitada OU somando com a potente vida espiritual de característica mais ilimitada, mais permanente, mais imensa e eterna. Pense: Não é melhor eu viver com o meu espírito também?
   A questão é fazer predominar a segunda sobre a primeira.
   Estou nesses primeiros passos descobrindo quem sou eu, porém importantes.
   Não somos um “eu” tão pequeno como imaginava tempo atrás.
   Temos que ser melhores do que nós mesmos. A luta não está ganha e o importante é continuá-la.

   Cheguei até aqui. Você que leu...Quem é você?

Paulo R P Menezes

(    (1)    Livro e Conceito utilizado por Gonzalez Pecotche em logosofia.org.br.

Nenhum comentário:

Postar um comentário