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segunda-feira, 25 de julho de 2022

Afinal....Quem é Deus?


                                                      Afinal...Quem é Deus?

 Iniciamos com o fato que assombrou todas as civilizações nos últimos milhares de anos: a noite estrelada de um Universo sem fim e nem início.

 Interpenetra esse aspecto da Criação, o Tempo, que existe e sempre existirá. Todo  o sistema se move com inteligência, seguindo leis universais imutáveis. Leis da gravidade, Lei de movimento, Lei do tempo e Leis que regem a parte imaterial Humana: Lei de Correspondência, de Evolução e Leis que regem a moral e a ética, o bem e o mal.

Num dia inesquecível, imerso nessa observação do céu, veio-me uma pergunta que ao mesmo tempo parecia conter uma resposta:

Se me foi permitido contemplar com verdadeira admiração e emoção essa imensidão, será que não faço parte dela, física e eternamente, também?

Minha sensibilidade não estaria traduzindo a linguagem da Sabedoria Universal, que ali me dizia: “Vem! O destino da humanidade é criar a sua própria eternidade?”

Como eu gostaria de me sentir imortal! Intuí que havia essa possibilidade.

 

1.       Voltando no tempo. Na infância.

 

Na escola pública, com 7 anos, ouvi falar em Deus.

O catecismo. Lembro de poucas coisas: O filho de Deus cujo pai imaginei um deus barbudo, o céu, o inferno e as rezas. Por fim tinha a Bíblia e pronto. Não tinha mais o que me preocupar pela vida inteira. Esse era Deus e seu reino. Tendo fé, iria para o céu apesar dos meus “pequenos defeitos”

 

Não era bem assim na minha realidade no dia a dia. Existiam dúvidas para serem esclarecidas.

Uma série de fatos eloquentes desde a infância, me demonstravam que eu tinha que buscar, saber e me integrar com Deus, através do conhecimento superior,  de uma conduta e comportamento meritórios. Deus era de uma imensidão muito maior do que me informaram. Então eu o conhecia pouco, não sabia sobre suas leis e muito menos do outro eterno mundo que Ele  criou: o metafísico e imaterial que inclui o mundo interno humano.

Vai ver, era por isso que existia um vazio tristonho na minha vida. Uma inquietação e um desassossego já na juventude

 

2.       Ainda na infância.

 

O mar estava forte, de ressaca. Na ponta da praia, sobre um alto mirante rochoso, eu com  8 anos, estava ali assistindo as imensas ondas quebrarem sobre as rochas e no meio da espuma levantada, surgia um arco íris, nos dias de sol, ali a poucos metros de mim. Beleza e energia inacreditáveis. Sensação de grandeza. Sensação de outro mundo.

Descobri mais tarde que ia ali buscar e sentir Deus dentro de mim. Sentia o vento que parecia uma carícia divina. Até no vento tem amor!

Aquele espetáculo tinha um ponto de contato com o profundo e divino do meu interno. Voltei lá inúmeras vezes, por muitos anos.

Sentir aquela energia, que expandia minha vida, como algo imprescindível, não era Deus?

Em outra época soube que eu era uma entidade, criada pela Mente Cósmica, configurada com uma parte humana física e outra parte divina, localizada dentro do meu mundo interno. A primeira mortal e a segunda imortal. Afinal, eu fazia parte da Criação também física e metafísica eterna. Bem coerente com a experiência do mar da minha infância e do céu.

Alguns dizem que a vida é um inferno e  Deus nos abandonou. Não é verdade. Fui comprovando que não é assim. Eu estava avançando.

 

3.      A realidade

 

Dentro de mim havia uma outra realidade também. No  correr da vida, fui observando que algo me levava para o bem e ser melhor, a mim e a muitos, para querer evoluir, superar e aperfeiçoar-me e vi, com os olhos da inteligência, que existia mesmo essa parte divina, meu espírito, incitando-me a dar um sentido superior a minha vida. Esse artigo tem objetivo de avisar a todos dessa maravilhosa realidade.

 

Por outro lado, a minha parte mortal, física e psicológica, queria o bem , mas era   fortemente assediada, aderida e influenciada por tudo o que é mal na Terra.

Sendo assim, eu agia também com meus defeitos e deficiências. Então me entristecia, agia mal, errava, sofria e não entendia as causas de tanta desorientação.

 

A primeira comprovação de que eu trilhava um caminho interessante é que agora sofro menos, porque aprendi que nada se modifica no meu interno sem se realizar um processo de evolução consciente.

Querer o meu bem e dos demais seres, através da superação de meus defeitos, não é o caminho de buscar Deus e me aproximar Dele? Deus não é o Amor Universal?

Foi o que ocorreu comigo. Senti uma energia que alentava minha vida. Suportava com mais força, os problemas da vida. Dava maior conteúdo e o o desagradável vazio da vida ia  diminuindo.

 

4.      A grande incoerência.

 

Apesar dos progressos, já é comum ouvir que a humanidade está em decadência frente as desgraças que são noticiadas todos os dias, que ocorrem em todo o mundo.

Muitos se perguntam como é que pode um mundo tão inteligente, não obter resultados significativos na moral, na ética e no espiritual tais como, haver mais bondade no vínculo de semelhante a semelhante,  nas famílias e na humanidade.

 

A resposta é clara. A dedicação e o esforço humano foram encaminhados só para o mundo físico, para fora de si mesmo, enquanto que a outra parte da Criação, a metafísica, a imaterial ficou estagnada, porque não havia um guia que ensinasse a retirar conhecimentos da Sabedoria Universal como acontece no mundo físico, tal como um Pasteur e outros que entraram para a História, por exemplo. Surpreendentemente há muito para se aprender do caminho que leva a Deus.

 

Nesse vazio cultural é que surge, para preenchê-lo, a Logosofia com seus conhecimentos superiores. Agora existe um guia.

Li num livro que estava na hora de aparecer um Einstein da psicologia. Tinha lógica.

Chegou o momento de virarmos os olhos para dentro de nós mesmos.

Encerro com um trecho do livro O espírito, no capítulo nº 4, “Concepção Logosófica de Deus".

 

“Deus tem seu altar no seio da Criação, e o tem também em cada coração humano. No primeiro oficiam as potências cósmicas; no segundo, a consciência individual. Ali, nesse altar, a alma formula suas indagações, dissipa suas dúvidas, percebe a presença do espírito e determina níveis cada vez mais altos para seu comportamento”.

 

Quer ver e sentir Deus? Busque dentro de si mesmo, ali onde ninguém fez e trilhou esse caminho nesses últimos séculos.

 

Paulo R P Menezes