Afinal...Quem é Deus?
Iniciamos com o fato que assombrou todas as civilizações nos últimos milhares de anos: a noite estrelada de um Universo sem fim e nem início.
Interpenetra esse aspecto da Criação, o Tempo, que existe e sempre existirá. Todo o sistema se move com inteligência, seguindo leis universais imutáveis. Leis da gravidade, Lei de movimento, Lei do tempo e Leis que regem a parte imaterial Humana: Lei de Correspondência, de Evolução e Leis que regem a moral e a ética, o bem e o mal.
Num dia
inesquecível, imerso nessa observação do céu, veio-me uma pergunta que ao mesmo
tempo parecia conter uma resposta:
Se me
foi permitido contemplar com verdadeira admiração e emoção essa imensidão, será que não faço parte dela, física e eternamente, também?
Minha
sensibilidade não estaria traduzindo a linguagem da Sabedoria Universal, que
ali me dizia: “Vem! O destino da humanidade é criar a sua própria eternidade?”
Como eu
gostaria de me sentir imortal! Intuí que havia essa possibilidade.
1. Voltando no tempo. Na
infância.
Na
escola pública, com 7 anos, ouvi falar em Deus.
O
catecismo. Lembro de poucas coisas: O filho de Deus cujo pai imaginei um deus
barbudo, o céu, o inferno e as rezas. Por fim tinha a Bíblia e pronto. Não
tinha mais o que me preocupar pela vida inteira. Esse era Deus e seu reino.
Tendo fé, iria para o céu apesar dos meus “pequenos defeitos”
Não era
bem assim na minha realidade no dia a dia. Existiam dúvidas para serem
esclarecidas.
Uma
série de fatos eloquentes desde a infância, me demonstravam que eu tinha que
buscar, saber e me integrar com Deus, através do conhecimento superior, de uma conduta e comportamento meritórios. Deus
era de uma imensidão muito maior do que me informaram. Então eu o conhecia
pouco, não sabia sobre suas leis e muito menos do outro eterno mundo que Ele criou: o metafísico e imaterial que inclui o
mundo interno humano.
Vai
ver, era por isso que existia um vazio tristonho na minha vida. Uma inquietação
e um desassossego já na juventude
2. Ainda na infância.
O mar
estava forte, de ressaca. Na ponta da praia, sobre um alto mirante rochoso, eu com 8 anos, estava ali assistindo as imensas
ondas quebrarem sobre as rochas e no meio da espuma levantada, surgia um arco íris, nos dias de sol, ali a poucos metros de mim. Beleza e energia inacreditáveis.
Sensação de grandeza. Sensação de outro mundo.
Descobri
mais tarde que ia ali buscar e sentir Deus dentro de mim. Sentia o vento que
parecia uma carícia divina. Até no vento tem amor!
Aquele espetáculo
tinha um ponto de contato com o profundo e divino do meu interno. Voltei lá
inúmeras vezes, por muitos anos.
Sentir
aquela energia, que expandia minha vida, como algo imprescindível, não era
Deus?
Em
outra época soube que eu era uma entidade, criada pela Mente Cósmica,
configurada com uma parte humana física e outra parte divina, localizada dentro
do meu mundo interno. A primeira mortal e a segunda imortal. Afinal, eu fazia
parte da Criação também física e metafísica eterna. Bem coerente com a
experiência do mar da minha infância e do céu.
Alguns
dizem que a vida é um inferno e Deus nos
abandonou. Não é verdade. Fui comprovando que não é assim. Eu estava avançando.
3. A realidade
Dentro
de mim havia uma outra realidade também. No
correr da vida, fui observando que algo me levava para o bem e ser
melhor, a mim e a muitos, para querer evoluir, superar e aperfeiçoar-me e vi,
com os olhos da inteligência, que existia mesmo essa parte divina, meu
espírito, incitando-me a dar um sentido superior a minha vida. Esse artigo tem
objetivo de avisar a todos dessa maravilhosa realidade.
Por
outro lado, a minha parte mortal, física e psicológica, queria o bem , mas era fortemente
assediada, aderida e influenciada por tudo o que é mal na Terra.
Sendo
assim, eu agia também com meus defeitos e deficiências. Então me entristecia,
agia mal, errava, sofria e não entendia as causas de tanta desorientação.
A
primeira comprovação de que eu trilhava um caminho interessante é que agora
sofro menos, porque aprendi que nada se modifica no meu interno sem se realizar
um processo de evolução consciente.
Querer
o meu bem e dos demais seres, através da superação de meus defeitos, não é o
caminho de buscar Deus e me aproximar Dele? Deus não é o Amor Universal?
Foi o
que ocorreu comigo. Senti uma energia que alentava minha vida. Suportava com
mais força, os problemas da vida. Dava maior conteúdo e o o desagradável vazio
da vida ia diminuindo.
4. A grande incoerência.
Apesar
dos progressos, já é comum ouvir que a humanidade está em decadência frente as
desgraças que são noticiadas todos os dias, que ocorrem em todo o mundo.
Muitos
se perguntam como é que pode um mundo tão inteligente, não obter resultados
significativos na moral, na ética e no espiritual tais como, haver mais bondade
no vínculo de semelhante a semelhante, nas famílias e na humanidade.
A
resposta é clara. A dedicação e o esforço humano foram encaminhados só para o
mundo físico, para fora de si mesmo, enquanto que a outra parte da Criação, a
metafísica, a imaterial ficou estagnada, porque não havia um guia que
ensinasse a retirar conhecimentos da Sabedoria Universal como acontece no mundo
físico, tal como um Pasteur e outros que entraram para a História, por
exemplo. Surpreendentemente há muito para se aprender do caminho que leva a Deus.
Nesse
vazio cultural é que surge, para preenchê-lo, a Logosofia com seus
conhecimentos superiores. Agora existe um guia.
Li num
livro que estava na hora de aparecer um Einstein da psicologia. Tinha lógica.
Chegou
o momento de virarmos os olhos para dentro de nós mesmos.
Encerro
com um trecho do livro O espírito, no capítulo nº 4, “Concepção Logosófica de
Deus".
“Deus tem seu altar no seio da Criação, e o tem também em cada coração
humano. No primeiro oficiam as potências cósmicas; no segundo, a consciência
individual. Ali, nesse altar, a alma formula suas indagações, dissipa suas
dúvidas, percebe a presença do espírito e determina níveis cada vez mais altos
para seu comportamento”.
Quer
ver e sentir Deus? Busque dentro de si mesmo, ali onde ninguém fez e trilhou
esse caminho nesses últimos séculos.
Paulo R
P Menezes